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Avaliação Royal Enfield Classic 350

Clássica, moderna e purista. Rodamos bastante com a Royal Enfield Classic 350. Para começo de conversa, ela não tem nada a ver com a versão anterior, de 500 cc: apenas a identidade visual


Na bucólica serra do Espírito Santo: elegante e chique
Na bucólica serra do Espírito Santo: elegante e chique

Quando, há cinco anos, a Royal Enfield chegou oficialmente ao Brasil, a marca anglo-indiana, de cara, conquistou um público cativo. Eram motociclistas que curtiam modelos de estilo clássico, mas queriam rodar em uma motocicleta nova.


Em 1955 a marca inglesa, que havia começado a produzir motocicletas em 1901 no Reino Unido, montou uma subsidiária na Índia, que ainda era uma colônia inglesa. Em 1970, a produção passou a ser integralmente feita na Índia.


Freios ByBre (Brembo indiana) a disco: ABS de 2 canais
Freios ByBre (Brembo indiana) a disco: ABS de 2 canais

O modelo Classic, o mais tradicional da marca, era dotado do motor monocilíndrico de 499 cm3, que, apesar de nominalmente mais potente que o novo motor de 349 cm3 (que tem 20,2 cv contra 27 da anterior), tinha concepção bem mais antiga, o que restringia a sua utilização. Com o novo motor, que estreou aqui no modelo Meteor e também equipará, a partir do próximo ano, a Royal Enfield Hunter (veja reportagem nesta), a nova Classic ficou bem mais gostosa de ser pilotada, sem perder a identidade clássica e retrô.


Estivemos em outubro nas serras capixabas para conhecer a Royal Enfield Classic 350, tanto visualmente – ficou igual à anterior – quanto dinamicamente – ela ficou muito, mas muito melhor de ser pilotada.


A versão mais exuberante, na minha opinião, é a Chrome, que mescla muitos cromados, nos para-lamas e no tanque de combustível, com as cores metálicas vermelha e bronze. Além do cromado, o tanque da Royal Enfield Classic 350 Chrome ostenta estilosos emblemas em 3D, como se usava no passado, em especial na década de 50.


Motor 350 tem 20,2 cv e torque de 2,75 kgf.m a 4.000 rpm
Motor 350 tem 20,2 cv e torque de 2,75 kgf.m a 4.000 rpm

A versão seguinte na hierarquia de preços é a Dark. Como o nome sugere, tem acabamento escuro, mesmo na cor cinza (Gunmetal Grey), sendo que a outra cor é a preta (Stealth Black), que tem faixa vermelha sobre o tanque. A Classic Dark tem pneus sem câmara em rodas de liga leve pretas com friso vermelho na preta e azul na de cor cinza.


A terceira versão da Royal Enfield Classic 350 é a Signals que, em duas cores, bege e cinza (Desert Sand e Marsh Grey), celebra a participação da marca nas forças armadas indianas, durante a Segunda Guerra Mundial.


A Royal Enfield Classic 350 Signals tem uma numeração nas laterais do tanque que não se repete, por isso ela é considerada uma versão numerada. Numerada mas não limitada, como a Pegasus, versão comemorativa da Classic 500, com apenas 60 unidades no Brasil e 1.000 no mundo.


Por fim, a quarta versão da Royal Enfield Classic 350 disponível na rede da marca (são 20, com mais cinco a caminho), é a Halcyon, nas cores verde, cinza e preto. A Halcyon tem a cor principal também nos para-lamas e nas laterais, com o logotipo em letras de alto relevo e protetores de joelhos no tanque. É o modelo que ilustra essa reportagem.


As quatro versões da nova Royal Enfield Classic 350 têm freios com ABS nas duas rodas, ambos a disco.



Por ter experimentado, há cerca de um ano, a Royal Enfield Meteor, que compartilha a mecânica com a nova Classic 350, a expectativa de desempenho para a nova motocicleta era de algo muito parecido. A diferença mais notável está na posição de pilotagem, já que a Meteor tem o estilo cruiser, que mescla características street com custom. O mesmo poderíamos dizer do visual. Com postura de pilotagem mais reta, favorecida pela posição recuada das pedaleiras, a nova Classic 350 é mais gostosa de ser pilotada, tanto na cidade quanto na estrada, do que a Meteor.


Para uso urbano, a Royal Enfield Classic 350 tem o tamanho ideal, apesar de mais pesada do que modelos de outras marcas de mesma potência, o que é explicado pela grande quantidade de componentes de aço.


Posição de pilotagem bem confortável, costas eretas e guidão de boa pegada
Posição de pilotagem bem confortável, costas eretas e guidão de boa pegada

As suspensões são firmes e oferecem conforto para o piloto, auxiliadas pelo banco individual largo e macio. Para o garupa há um banco acima do para-lama traseiro, que fica mais charmoso “pelado”. Esse banco é de série, mas é fácil de ser retirado.


O velocímetro eletrônico é analógico, e tem uma pequena tela de cristal líquido com informações como o nível de combustível no tanque e luzes espia.


Na escala de preços das versões da Classic 350, a mais barata é a Halcyon, que custa R$ 18.490. A Signals vem em seguida, com preço sugerido de R$ 19.490. A Royal Enfield Classic 350 Dark custa R$ 20.490 e a Chrome, a mais cara, tem preço de R$ 21.490. Preços não incluem frete.


CLASSIC 350

R$ 18.490,00 (Halcyon, + frete)


DIMENSÕES

Comprimento (cm): 214,5

Alt./larg. (cm): 109/78,5

Entre-eixos (cm): 139

Peso (em marcha, kg): 195

Alt. do assento (cm): 76,5

Tanque (l): 13


MOTOR

1 cilindro vertical/349 cc/SOHC/ refrigeração a ar e óleo

Alimentação: injeção eletrônica

Ignição: eletrônica digital

Partida: elétrica

Diâm/curso (mm): 72/85,8

Taxa de compressão: 9,5:1

Potência (cv/rpm): 20,2/6.500

Torque (kgf.m/rpm): 2,75/4.000


CÂMBIO

5 marchas, transmissão final por corrente


Grupo óptico redondo na traseira: puro estilo retrô
Grupo óptico redondo na traseira: puro estilo retrô

CHASSI

Quadro: berço duplo com monoviga superior, tubular de aço


SUSPENSÃO

Dianteira: garfo hidráulico com 41 mm de Ø e curso de 130 mm

Traseira: balança bilateral com dois amortecedores, ajuste na pré-carga da mola em 5 posições, curso de 80 mm


FREIOS

Dianteiro: disco de 300 mm com pinça de 2 pistões e ABS

Traseiro: disco ventilado de 270 mm com pinça de pistão simples e ABS


PNEUS

Dianteiro: 100/90 - 19

Traseiro: 140/80 - 18

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