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CB 1000R

Por: Eduardo Viotti

Fazendo Família - A deliciosa Honda CB 1000R se prepara para receber a versão de 650 cc, dentro do conceito Neo Sports Café, de design moderno com inspiração retrô

A Honda está lançando a versão caçula desta CB 1000R, ampliando a aplicação do conceito Neo Sports Café em sua linha de produtos. A Honda CB 1000R chegou há um ano, no início de 2019. A família adota soluções técnicas e mecânicas, e mesmo de estilo, de última geração, mas bebe na fonte dos anos 60 e seus corredores londrinos de rua, os hoje resgatados Café Racers.

A CB 1000R é extremamente equilibrada, segura e competente, com uma tocada alegre e bem esportiva. Dá para andar forte com ela, e certamente fazer bonito em um track day, mas também dá para usá-la com praticidade no transporte diário e em viagens.

O guidão quase plano é largo (78 cm) e proporciona uma pegada firme e total controle da frente. Toda a ciclística do modelo é muito bem acertada. O chassi de aço é extremamente compacto. Tem uma viga central superior de seção retangular e baixo peso. Finos tubos treliçados e placas de alumínio parafusadas completam o quadro, que usa o motor como elemento integrante da estrutura. A balança traseira é monobraço, de alumínio e envolve a corrente. Deixa à mostra a roda de liga com cinco raios em formato de ípsilon –e facilita sua retirada para eventual manutenção.

A moto é compacta, o que é ótimo: é fácil de manobrar na cidade, em baixas velocidades e nas situações de paradas. O peso é de 199 kg a seco. Com todos os líquidos a bordo, incluindo os 16,1 litros de capacidade do tanque, mais óleo e fluidos, deve chegar a cerca de 220 quilos, sem carga. Ótimo para uma “mil” de quatro cilindros.

As suspensões Showa são multirreguláveis em pré-carga da mola (compressão) e retorno do amortecedor. Garfo com bengalas invertidas de bom diâmetro na dianteira e monoamortecedor atrás, com links para a desmultiplicação do movimento. O garfo é assimétrico, ou seja, cada bengala tem uma função: uma é o amortecedor hidráulico BPF (Big Piston Fork, tecnologia que melhora o comportamento do fluido hidráulico dentro da bengala), com regulagem de compressão e retorno. A outra contém a mola espiral interna, com regulagem milimétrica de pré-carga.


MOTOR E ELETRÔNICA

O quatro em linha da CB 1000R é delicioso. Com generosos (para uma naked de rua) 141,4 cv de potência a 10.500 rpm, esbanja força e disposição já a partir de regimes muito abaixo disso. Ele vai mais ou menos econômico e pondera do até as 5.500 rpm. Daí para cima, torna-se feroz, até atingir a entrega máxima de torque, aos 8.000 giros.

É o motor equipou a CBR 1000RR Fireblade na versão que esteve à venda no Brasil até 2011. Tem dois eixos-comando para 16 válvulas, no cabeçote. É alimentado por quatro corpos de borboleta de 44 mm de diâmetro, comandados por um acelerador eletrônico, que permite a escolha entre quatro modos de pilotagem, um para uso esportivo, bem agressivo; outro para uso urbano/estrada e um para a chuva, quando o controle de tração e o ABS ficam mais intrusivos, e a potência chega mais delicadamente à roda.

O quarto modo, User, ou usuário, é customizável. Você pode escolher como deseja pilotar, controlando nível de potência, freio-motor e controle de tração (que pode ser desativado para uso em pistas de competição). A shift light, que indica a hora da troca de marcha, também é ajustável.



CÂMBIO PRECISO

O câmbio segue o padrão da marca, com engates firmes, macios e precisos e escalonamento adequado, sem perda de rotação excessiva entre as marchas ou a necessidade de “queimar” embreagem em saídas. A embreagem hidráulica é deslizante. Você pode reduzir bruscamente e “enfiar” marchas para baixo com energia, em uma entrada de curva, por exemplo, que a roda traseira não trava e não derrapa. Perfeito para o track day.



Os freios são de duplo disco na dianteira, com pinças monobloco de 4 pistões fixadas radialmente, solução que diminui a intensidade das flexões das bengalas frontais e eleva a eficiência do sistema. Na traseira, um disco de bom diâmetro é mordido por pinça de dois pistões. Muita segurança, e um ABS discreto e pouco intrusivo.

O painel é em TFT colorido, com conta-giros digital de leitura analógica, ou seja, o cristal líquido simula um ponteiro em movimento sobre a escala semicircular. É supercompleto: indica marcha em uso, nível do tanque, autonomia restante, consumo médio e instantâneo, nível de potência, freio-motor e controle de tração, relógio e termômetros para a temperatura ambiente e do líquido do radiador.

A iluminação é inteiramente em LED e, ao acionar fortemente o freio, o pisca-alerta é acionado, para maior segurança, piscando até que o piloto solte o freio.

O preço sugerido pela montadora é de R$ 60.900,00, mais o frete, que varia de acordo com o Estado.



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