top of page
Foto do escritorMoto Premium

CB 250F Twister

Por: Eduardo Viotti

Twist - dançando na cidade. A Twister tem um conjunto impecável e perfeitamente equilibrado para ser rápida na cidade e econômica na estrada!

A Honda CB 250F Twister chegou em 2015 para resgatar a imagem da marca líder no segmento das médias, pois a imagem da antecessora CB 300 tinha ficado chamuscada. Conseguiu, pois a CB 250F (de Fun, diversão) é agora uma moto absolutamente acreditada e muito gostosa de pilotar. Para 2019, incorporou os freios CBS (opção facultada pela lei ao uso mandatório de ABS, só para as motos de até 300 cc) e manteve o ABS de dois canais na versão top. A versão que aqui avaliamos estava equipada com ABS nas duas rodas, opção conveniente. O CBS é um recurso que só atende a pilotos que têm defeito de formação e não sabem modular adequadamente os freios.

A Twister (tufão em inglês) ABS vem em laranja, como a unidade das fotos, ou em vermelho, sempre com para-lamas e detalhes em preto. O preço sugerido pela montadora em seu site (agosto de 2019) é de R$ 15.140.00 para a ABS e R$ 14.130,00 para a CBS, mais frete, em ambos os casos, em valores que variam de Estado para Estado.


DESFILANDO

Não sei ao certo se é pela proximidade e possibilidade real de aquisição, mas o fato é que a Twister com pintura e rodas em tom laranja chama demais a atenção na rua. Bem mais que motos de muito mais status e cilindrada…

O design dessa quarto-de-litro foi mesmo muito bem logrado, assim como a combinação de cores e os grafismos. Carenagens em plástico texturizado; detalhes, quadro e escape em preto fosco; rodas de liga (aros 17) com cinco raios duplos e lanterna e setas em LED emprestam uma decoração de bom-gosto. O motor em prata metálico combina.

Esse monocilindro de comando único no cabeçote, refrigerado a ar (com radiador de óleo), tem 249,5 cc de cilindrada e é flex. Consome álcool, gasolina e qualquer proporção de mistura entre eles.

Gera 22,4 cv a 7.500 rpm (22,8 cv queimando álcool). O pico de torque também é minimamente diferente: 2,24 kgf.m a 6.000 giros com gasolina e 2,28 kgf.m com etanol.

Motores multicombustível são legais. A regra usualmente aceita é a de que se o preço do álcool for 30% menor que o da gasolina, ele é favorável. Grosso modo é por aí mesmo, mas o etanol é um combustível com muito mais vantagens que a gasolina, especialmente para o meio-ambiente. Polui menos e seus poluentes são orgânicos, menos agressivos. Além disso, causa menos carbonização e gomas residuais no motor (é menos adulterado e quando é, é com adição de água e não de solventes perigosos, como o tolueno, que causa borras no sistema de alimentação e no motor).

Os 22 cv não chegam a ser uma potência de arrepiar, mas a Twister anda bem, vai a 140 km/h numa boa, e até mais, no arrepio. Como tudo na vida tem dois lados, o consumo é espetacular: ela chega a rodar 35 km com um litro de gasolina (com álcool um pouco menos), e faz uma média de 25 km/l, dependendo, claro, da maneira como é pilotada. Ela é leve, pesa 137 kg a seco com ABS (135 kg sem o sistema) e mesmo totalmente abastecida, com óleos (1,8 litro no motor) e fluidos hidráulicos, de suspensão e de freios, não deve passar dos 150 kg.

Com o tanque de grande capacidade –16,5 litros–cheio, a CB 250F pode empreender um longo trecho em rodovias, especialmente dentro dos limites da lei. Sua autonomia pode chegar a mais de 400 km na estrada.


Outra boa adoção foi o câmbio de seis marchas, com engates precisos e muito macios, sem ruídos, saltos ou escapadas. A sexta marcha permite uma economia de combustível acentuada na estrada, em velocidades legais.

Em termos de ciclística, não há o emprego de grandes tecnologias ou novidades, mas é um sistema convencional que atende perfeitamente à proposta prática dessa motocicleta. Garfo tipo Ceriani na frente, sem regulagens, e 13 cm de curso. Monoamortecimento atrás sem links, com o sistema de duas molas superpostas: uma de espiras mais abertas para o amortecimento inicial e outra mas fechada, para evitar batidas de fim de curso. Tem 10,8 cm de curso na roda. Os pneus Pirelli Diablo Rosso 2 são excelentes e contribuem para estabilidade e frenagens seguras.

Os freios, aliás, são muito adequados. O disco dianteiro tem boa pegada e é bem progressivo, sem tendência à travar. O disco traseiro também é um excepcional auxiliar, atuando como um eficiente leme de frenagens.

PAINEL COMPLETO



Totalmente digital, o painel da Twister usa um LCD em negativo, ou seja, com fundo escuro e os caracteres em um dourado claro. Oferece ótima leitura e nível de informações. Inclui computador de bordo, com informações como consumo médio e instantâneo, relógio, autonomia restante, odômetros total e parcial, nível de combustível etc. Só o

conta-giros de fita , estreito, é pouco visível e não agrada.

Sua principal concorrente, além da Dafra Next 300 e da KTM 200 Duke apresentadas nesta edição, é a Yamaha FZ-25 Fazer, que também tem design moderno e bem atraente. A Fazer é ligeiramente mais pesada e menos potente, mas tem uma mecânica muito confiável e ótimos apelos também, inclusive o de ser menos visada por malfeitores…

A Honda CB 250 Twister é um conjunto muito equilibrado e uma solução de condução quase perfeita para quem precisa se locomover no trânsito e enfrentar eventualmente trechos de estrada, nos quais as 150/160 ficam devendo desempenho. Além disso, tem design elegante e, na cor laranja, remete ao time Honda/Repsol de competições.



Comments


bottom of page