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CB 500X

Por: Eduardo Viotti

A aventureira média da Honda é a moto de ingresso no mundo das grandes aventureiras. Com novo design, mais agressivo e moderno, roda dianteira de 19“ e suspensões de maior curso, fica mais apta a enfrentar aventuras.



A CB 500X logo se revelou a integrante mais exitosa da família de médias bicilíndricas da Honda. Isso mostra o êxito da tendência de motos crossovers, ou de aventura, diante das nakeds e esportivas carenadas. Esse sucesso foi puxado pelas longas viagens de motos tipo supertrail pela América Latina, publicadas nas redes sociais e nas revistas especializadas. Para a linha 2020, que não surtiu o impacto esperado pelas circunstâncias da pandemia da Covid-19, a sport CBR 500R desaparece, e esta CB 500X ganha novo design, mais agressivo e identificado com a prática de aventuras fora de estrada.

A principal evolução foi mesmo a adoção do aro de 19 polegadas e de um conjunto de suspensões com maior curso. Muito mais do que a prática do fora de estrada, atividade rara para a maioria dos usuários de modelos de 500 cc, a motocicleta torna-se menos susceptível a danos –pneus furados, raios amassados, quedas, perdas de direção– causados por buracos, lombadas fora de padrão, valetas etc. Além disso, é notável o ganho de conforto em uso em pisos irregulares, com menor trepidação da frente em pavimentos de asfalto danificado ou em estradas de terra. A perda de estabilidade em curvas de alta é imperceptível, e o ganho em usabilidade no mundo real é enorme.

A suspensão dianteira, um garfo hidráulico convencional Ceriani –tem regulagem de pré carga das molas– com tubos de 41 mm de diâmetro, teve o percurso aumentado de 140 mm para 150 mm. Parece pouco, mas faz bastante diferença, não só no comportamento dinâmico, como no visual, porte e imponência da moto estática.

A suspensão traseira, que recebeu um novo e maior conjunto mola/amortecedor de tubo único (ligado ao chassi por bielas, ou links) teve o curso elevado, alcançando 135 mm, 17 mm a mais em relação à versão anterior. O conjunto traseiro permite a regulagem mecânica da pré-carga da mola, muito útil em viagens com carga e garupa.



O caráter de moto de aventura indicado pela nova ciclística é evidenciado pelo design. O banco foi redesenhado ficando mais acinturado e facilitando alcancar o solo, já que a moto ganhou quase 2 cm na altura do banco, passando a 83 cm de altura do solo.

O tanque também recebeu novo desenho e teve a capacidade ampliada para 17,7 litros, o que lhe dá boa autonomia. Todo o design é novo, mais atual e agressivo. A iluminação é inteiramente em LEDs.

O guidão ficou bem mais legal. Ele agora é de alumínio em formato cônico (mais espesso na mesa, vai afinando em direção às extremidades); está mais plano e elevado, o que favorece a condução em estilo off road, de pé ou sentado à frente, com a perna do lado interno da curva aberta.

O para-brisa ficou mais alto e tem duas perfurações para passagem de ar. Ele otimiza a penetração aerodinâmica e a proteção do piloto diante de vento, garoa, frio. A bolha acrílica é fixada a uma barra adequada para a instalação de GPS ou smartphone, equipamentos úteis para navegação.



O painel é inteiramente novo, com mais funções e visual blackout (dígitos claros sobre fundo escuro). O conta-giros é circular, de visual analógico, embora também em LCD. O mostrador inclui shift-light (acende a 8.750 rpm para indicar a progressão de marcha, mas pode ser programado pelo piloto) e indicador de marcha em uso.

Em caso de frenagem brusca um sistema (alerta de parada de emergência) aciona o pisca-alerta automaticamente, aumentando a visibilidade e a segurança.

O motor bicilíndrico DOHC paralelo continua o mesmo, embora tenha sofrido alterações para atender à lei de emissões de poluentes, cada vez mais rigorosa. Ajustes nos tempos de abertura e fechamento das válvulas e nos dutos de admissão possibilitaram menores emissões, mantendo os mesmos números de potência e torque máximos, respectivamente 50,4 cv a 8.500 rpm e 4,53 kgf.m a 6.500 giros.

O motor é econômico (faz médias entre 20 e 30 km/l com facilidade), suave, vibra pouco e tem enorme equilíbrio na entrega de força entre baixas, médias e altas rotações. Aliás, equilíbrio é a grande virtude dessa 500. Nosso teste foi realizado sob mau tempo, na pista de Capuava, interior de São Paulo. Os pneus Dunlop surpreenderam.

O preço da CB 500X é de R$ 28,9 mil, mais frete.



1 Comment


Jose Luiz Aguiari
Jose Luiz Aguiari
Aug 10, 2020

Uma moto excelente, com um preço bom, custo de manutenção bom, desempenho ótimo, autonomia ótima, a Honda se superou nessa moto "mas" errou no lançamento dela, segurou de novembro de 2019 atá abril de 2020 para colocar a venda, perdeu muitas vendas (inclusive a minha) acabei comprando uma NC 750x (excelente moto) em fim, depis veio a EpideMaia e sua estratégia, se é que tinha uma, foi para o brejo, uma pena mesmo.

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