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Foto do escritorMoto Premium

CB 650R

Café com pimenta - O mundo dos motores de quatro cilindros –os mais divertidos– ganhou uma nova porta de entrada: a Honda CB 650R, agora revitalizada sob o signo das Café Racers. Mais forte, leve e bonita, vem definir território!


Lançada em 2014 em substituição indireta à saudosa CB 600F Hornet e aperfeiçoada em 2017, a linhagem das CB 650 ganhou para este ano uma renovação bem mais profunda. A CB 650 naked perde a letra F (de Fun, diversão) e ganha o sobrenome R (de Racing, competição). Também ganha chassi e design completamente novos, aderindo à tendência NCS (Neo Sports Café) inaugurada pela CB 1000R. O apelo é retrô/ futurista, e de extremo bom gosto: o farol é redondo, mas esse formato é apenas sugerido por um anel em LED que lembra luz neon.

O chassi tubular de aço ficou mais leve e rijo, com menos soldas e mais estamparia. Também ficou mais e compacto, com 1.9 kg a menos (a moto está 4 kg mais leve). Mas a maior e mais bem-vinda novidade ficou mesmo por conta da suspensão dianteira invertida (upside down).

Da marca Showa, tem 41 mm de diâmetro e tem cada uma das bengalas com função separada. A Showa, fabricante do equipamento, chama essa tecnologia de SFF, Separate Function Fork. Um dos telecópios é o amortecedor e o outro contém a mola. O garfo upside down reduz a massa não suspensa e diminui as flexões do conjunto, especialmente em freadas. Na pista, a diferença é notável, com maior precisão nas curvas. A suspensão traseira tem 7 posições de regulagem de pré-carga da mola.

As rodas mais leves cumprem a mesma função, diminuindo o peso posicionado “fora” da ação das suspensões.

Os freios dianteiros com pinças de fixação radial de quatro pistões evoluíram muito. Com ABS de última geração em dois canais, permitem freadas bem seguras, em espaços diminutos, sem fadiga ou insinuações de travamento.


MOTOR DELICIOSO

O motor mudou pouco, recebendo ajustes para atender às leis antipoluição cada vez mais rigorosas. Tem a entrega de torque mais linear, e mostra suas garras a partir das 7.000 rpm. O tetracilíndrico de 649 cc e duplo comando no cabeçote para 16 válvulas (quatro por cilindro) é refrigerado a líquido e atinge um pico de potência de 88,4 cv a 11.500 rpm. Mais importante que isso é o torque, extremamente bem distribuído em todas faixas de rotações a partir de 1.500 giros. Ele atinge o ponto máximo de 6,13 kgm.f a 8.000 rpm. Para proporcionar uma entrega de torque mais intensa nas médias rotações, o motor teve os pistões e as câmaras de combustão redesenhados. Com o mesmo objetivo, a caixa de filtro de ar e os tubos coletores do escape (aumentaram de 35 mm para 38,1 mm de diâmetro) também foram redimensionados.



Os comandos e as molas de válvulas, assim como a corrente de acionamento, foram ajustados. Os eixos-comando abrem as válvulas diretamente, sem lançar mão de tuchos, o que reduz o número de peças móveis, ruídos, ajustes e manutenção.

Esse motor é também bastante compacto e “limpo”: tem dutos de refrigeração internos, em lugar de mangueiras; cilindros inclinados 30 graus à frente e câmbio verticalizado. As vantagens são claras: menor porte, centralização e rebaixamento das massas, com vantagens para manobrabilidade e dirigibilidade urbana. Ele é dotado de um controle de entrega de torque, que a marca chama de HSTC. Funciona como um controle de tração: se o sensor detecta a perda de aderência da roda traseira por excesso de aceleração, o microprocessador corta a entrega de força à roda. É bom em pisos escorregadios e para uma pilotagem perto do limite.

A embreagem é deslizante, ou seja, evita o travamento da roda motriz em uma redução forçada (ou errada) de marcha. Tem assistência mecânica, que reduz em 12% a força requerida para o acionamento do manete.

O visual geral é muito atraente, especialmente na versão de pintura perolizada, de acabamento impecável.

O painel black out em LCD com conta-giros que simula ponteiro ficou elegante. Inclui indicador de marcha em uso e shift-light, que indica a hora de trocar a marcha, em uma pilotagem de pista.

A iluminação é full LED. O guidão, agora cônico de alumínio, e a posição de pilotagem, com as pedaleiras um pouco mais para trás, também evoluíram.

Ela custa R$ 39,4 mil (SP), mais frete. É oferecida nas cores azul perolizado, vermelho e prata metálicos.




1 Comment


Jose Luiz Aguiari
Jose Luiz Aguiari
Jul 31, 2020

Falo tudo sobre a moto, menos o consumo por litro... pela configuração essa moto não deve fazer 20 km/l um péssimo desempenho para uma moto se for isso, outro ponto que pesa muito, o banco do garupa, desconfortável pelo visto, alguém já parou e perguntou para algum garupeiro dessas motos mais esportivas o quanto confortável é o banco ? Tenho um amigo que comprou uma CB 500 f e ele se arrependeu pois a esposa quando fala em dar um role (passeio) já começa xingando e no final de cara 100 km ele tem que parar para ela se recompor. Estamos falando em uma moto de quase R$ 40 mil que não é econômica (uma das razões por ter moto)…

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