A Dafra investe no crescente mercado de scooters e lança um concorrente para o segmento mais disputado: seu maior argumento é o custo x benefício…
Por: Eduardo Viotti
A Dafra tem uma excelente reputação na montagem e distribuição de scooters, em grande parte ao sucesso do primeiro Citycom 300, que se provou robusto e adaptado ao mercado e ao usuário brasileiro, com bom desempenho e economia.
A empresa, ligada ao grupo Itavema de distribuição automotiva, surfa nessa onda de boa imagem e lança uma motoneta nova, agora para a disputa da faixa de cilindrada mais popular e na qual a peleja é mais acirrada. Cerca de 60% dos scooters vendidos no Brasil têm entre 150 e 200 cc.
Além da boa reputação da fabricante taiwanesa (Taiwan é a Ilha de Formosa, a China Nacionalista que resistiu e segue resistindo ao comunismo da China continental, que a considera uma província rebelde e reinvindica a sua anexação) Sym, a Dafra conta com uma boa relação custo/benefício em seu menor scooter. Ele chega custam R$ 14.490.00 com frete incluso. Seus concorrentes mais ameaçadores custam, segundo a pesquisa Fipe de setembro de 2021, mais de 17 mil reais, ambos, tanto o Honda PCX quanto o Yamaha NMax. Quase 3 mil reais a mais…
Nós rodamos por uma semana com o Dafra Sym Cruisym nos arredores de São Paulo, capital. Ele acompanha perfeitamente o ritmo do trânsito, mesmo nas estradas de tráfego intenso que saem da cidade. Tem boas arrancadas, compatíveis com as motos pequenas que dominam as ruas e atinge velocidade máxima superior a 110 km/h, mais que suficiente para o que se propõe.
O consumo é alentador: ele percorre em média 36 km com um litro de gasolina, podendo superar essa média se o piloto for leve, e comedido.
O design é moderno e simpático: se não chega a chamar a atenção, também não desaponta. É um scooter de assoalho plano (são os preferidos dos europeus), que tem a vantagem de permitir levar sacolas entre as pernas, presas ao gancho com trava localizado no centro do escudo. Também tem acesso mais fácil, especialmente para quem usa saias. O fundo chato tem como desvantagem não permitir tanta variação na posição dos pés, o que, em uma longa permanência, pode gerar maior cansaço.
O espaço de cockpit é bom e aconchegante. O banco é bem largo e macio e a ergonomia muito adequada. Pilotos com mais de 1,80 metro podem eventualmente ter que sentar um pouco mais para trás, forçando os glúteos contra o apoio que o banco em dois níveis proporciona. Isso para não correrem o risco de bater o joelho no escudo em valetas e lombadas. Curiosamente, a chave de ignição, posicionada no escudo, é dobrável, para minimizar esse risco. Uma solução bem criativa. A garupa também vai bem acomodada, com assento largo e pedaleiras retráteis de alumínio corretamente posicionadas. Uma vasta alça traseira em alumínio permite apoio ao passageiro, bem como facilita a eventual amarração de cargas maiores, como malas ou pacotes.
O espaço sob o banco é bem bom, Cabe um capacete fechado dos grandes, como você pode ver nas fotos. São 18 litros: resolve a questão da mochila, laptop etc.
Há LEDs –diodos de luz– nas luzes de posição e na lanterna traseira, mas os faróis e os piscas são equipados com lâmpadas convencionais.
Um excelente diferencial do Cruisym é o carregador USB que fica dentro de um porta-luvas fechado no escudo, recurso ótimo de verdade para o carregamento de celulares. É USB direto e não uma tomada 12 Volts que exige o uso de adaptadores para a conexão com os eletrônicos.
O motor é refrigerado a água, silencioso e vibra pouco. Com 12,5 cv de potência e 1,22 kgf.m de torque, não decepciona. Ele traz freios a disco nas duas rodas com CBS e rodas de 14 polegadas, que suportam a buraqueira.
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