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Diavel 1260S

Fusão à Italiana - A Diavel 1260 S reúne o melhor de três mundos em um tempero à italiana, com muito design, temperamento e força!

Por: Alexandre Nogueira


A nova Ducati Diavel 1260 revoluciona o design. Ela nasceu da ideia de quebrar os paradigmas impostos para a classe custom. Os engenheiros de Borgo Panigale enfrentaram o desafio de fundir as melhores qualidades de uma superbike, de uma naked esportiva e de uma touring, adicionando uma pitada de muscle bike em um visual digno de super-heróis e alta tecnologia.

É bastante coisa para harmonizar… A combinação vem merecidamente equipada em todas as versões com o famoso e potente motor Testastretta DVT L-Twin e um enorme pneu traseiro montado em uma roda totalmente aparente, fixa em um monobraço. O resultado é a fórmula perfeita para uma motocicleta com uma certa inspiração diabólica.

MOTO NOVA


Em engenharia e design, a Ducati garante que a nova Diavel 1260 não é apenas um facelift, e incorporou muita coisa dos modelos topo de linha Carbon e Titaniun, ambos de 2018.

A nova Ducati Diavel 1260 chega ao Brasil apenas na versão S, que possui melhor suspensão e recursos adicionais de tecnologia, com preço de R$ 94.900,00, mais o frete.

Em design e estilo, a Ducati recolheu inspirações de três categorias de motocicletas. A Diavel 1260 recebeu a carenagem lateral e o spoiler de uma superbike. Das nakeds esportivas, pegou o tanque de combustível, a combinação de farol e guidão e a posição do motor para a frente. E das custons, a Diavel manteve a configuração clássica, longa e baixa.

A posição do piloto foi inteiramente revisada. O assento foi reposicionado e as pedaleiras foram trazidas um pouco para trás. O ângulo de cáster também foi ligeiramente fechado, passando de 28 graus para 27 graus, o que contribui para melhor agilidade em baixa. O peso a seco é de 218 kg.

A Diavel 1260 S traz as opções eletrônicas de desempenho digital da Ducati, que possui dois processadores: uma ECU e o sistema Black Box da marca italiana. Os sensores são inúmeros: nas rodas, freios, motor, além de uma IMU, unidade de medição inercial de seis eixos. Nesta versão S, a tecnologia inclui modos de pilotagem, modos de potência do motor, piloto automático, quick shifter DQS da marca para cima e para baixo, ABS de curvas ajustável Bosch e controle de tração DTC Evo.

O piloto controla as dezenas de configurações pressionando um botão de polegar no punho esquerdo, e acompanha as alterações no belo painel TFT. Conforme sua experiência, o motociclista pode facilitar a vida a bordo selecionando um dos três modos de pilotagem pré-definidos: Esporte, Turismo e Urbano.

Apesar da alta potência, o V2 a 90º tem entrega de torque extremamente linear desde as baixas rotações e desempenho de moto esportiva em altas rotações. Alterações nos sistemas de admissão e exaustão e o mesmo mapeamento do motor DVT utilizado nas versões Carbon e Titanium anteriores produzem 162 cv de potência, com torque máximo de 13,1 kgf.m quando atinge 7.500 rpm.

A Diavel 1260 monta um enorme pneu de 240 mm em uma roda de 17 polegadas na traseira. São quase 10 polegadas de borracha, dando à Diavel uma aparência única, diferente de tudo no mundo das motocicletas de série.

Detalhe de extrema sofisticação são os punhos de comando retroiluminados em vermelho, facilitando a visualização à noite. Todos os comandos da eletrônica são facilmente acessados pelos botões do punho esquerdo e intuitivamente encontrados na tela multicolorida TFT localizada sobre o tanque de combustível.

A Diavel 1260 S também é equipada com o Ducati Multimedia System, DMS. Conectando o smartphone via bluetooth, é possível gerenciar e exibir no painel a entrada de chamadas e mensagens, além de informações sobre a música que você está ouvindo. O aplicativo Ducati Link fornece informações sobre prazos para revisões, manual do usuário e localizador de concessionárias. O software também permite gravar performances e itinerários de viagem para compartilhar suas experiências na Diavel com a comunidade Ducatista que também usa esse aplicativo.

A versão S é montada com equipamentos de grife de alta performance, como pinças de freio Brembo M50 e suspensão Öhlins totalmente ajustável, com seu acabamento dourado. Farol em LED com luz de posição diurna e lanterna traseira dupla dão à Diavel 1260 S uma identidade visual que permite a ela ser reconhecida à primeira vista.


NA ESTRADA

Logo ao montar na máquina, notei pela primeira vez o quão dócil, confortável e mansa a moto poderia ser, apesar de sua aparência anabolizada. Serpenteando a rodovia Rio Santos até em casa, a moto parecia menos uma muscle bike de 162 cv de potência e mais uma naked com um motor esperto.

A ergonomia é relativamente ereta e relaxada. As pedaleiras estão outra vez mais para uma moto touring do que avançadas e identificadas com o público custom.

A moto também não herda a dinâmica lenta das curvas da maioria das custom. As mudanças de direção são rápidas: ela ataca curvas com muita precisão e sem vacilar. Em velocidades lentas o raio de viragem é razoável, um pouco maior do que as nakeds a que estamos acostumados.

Com pouco tempo aos comandos da Ducati Diavel 1260 S, você já vai se familiarizando com as características de equilíbrio, frenagem e curvas. Com um pouco mais de atrevimento ela revela rapidinho seu verdadeiro caráter e temperamento. Ela prefere rosnar do que abanar o rabo.

A Ducati Diavel 1260 S revela-se, acima de tudo, uma motocicleta de desempenho dinâmico, começando com o motor. Quando chamado para o serviço pesado, o L-Twin de 162 cv de potência traz uma tremenda aceleração e velocidade. A entrega total de potência é refinada e, ao menor toque no acelerador, a Diavel 1260 S tem uma assinatura distinta, forte e vigorosa. A potência é brutal, mas os cavalos são domesticados, e o torque é altamente gerenciável.



O torque da Diavel 1260 S é robusto em todas as seis marchas. Ao serpentear uma serrinha com subidas e descidas, notei que entre o torque e o freio motor, não precisava usar os freios Brembo ou o DQS para reduzir a marcha para atacar as muitas curvas. Com a marcha adequada, bastaabrir ou fechar o acelerador e pronto.

O enorme pneu traseiro Pirelli Diablo Rosso III da Ducati é ponto alto no design. Não há dúvidas de que ele contribui para a personalidade forte da moto e proporciona a sensação de alta estabilidade. Não senti que o pneu largo atrapalhasse o manuseio, como acontece com algumas motos equipadas com um pneu tão grande na traseira.

A essência desta nova Ducati Diavel 1260 S é uma mistura sensacional de atitude e versatilidade com alto desempenho. Não é uma motocicleta esportiva, mas traz os extras para que você possa sair com aquela turma de amigos das superbikes. Tamém não é uma tourer, mas você certamente pode encarar longas jornadas nela.

Portanto, se você tiver um bom punhado daquelas notas azuis com a garoupa estampada e quiser uma motocicleta com atitude, capacidade de turismo e desempenho esportivo, a Ducati Diavel 1260 S pode ser uma ótima pedida.



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