Em um ano conturbado por causa da pandemia de coronavírus, as competições sofreram com os adiamentos e mudanças no calendário. Mesmo diante desse cenário, alguns pilotos brasileiros driblaram as dificuldades e conseguiram a oportunidade de competir lá fora.
Tricampeão brasileiro de SuperBike, Eric Granado, um dos nomes mais experientes da atualidade no motociclismo nacional, disputou pelo segundo ano consecutivo a MotoE, mundial de motos elétricas, que faz parte da programação da MotoGP. Ele venceu a primeira etapa no circuito de Jerez, na Espanha, e terminou o campeonato na sétima colocação. Além de conciliar a MotoE com o SuperBike Brasil, Granado foi convidado a participar da última etapa do Mundial de SuperBike, em Estoril, Portugal. Pela equipe satélite MIE Racing Honda Team, o paulista de 24 anos largou no grid da principal categoria, a WorldSBK, e acelerou a nova Honda CBR 1000RR-R Fireblade SP. Em sua primeira corrida, Granado conquistou um ponto na classificação ao finalizar na 15ª colocação. Na segunda prova, ele completou em 16º.
Na mesma competição, os irmãos Meikon e Ton Kawakami, acompanhados de Felipe Macan, foram os escolhidos da Yamaha para disputar a categoria SuperSport 300. Meikon, de 18 anos, conquistou o top 5 por quatro vezes, fez uma pole position, chegando bem perto do pódio e de uma vitória. Ele finalizou o campeonato em 11º, com Ton em 15º e Macan em 26º lugar.
Três brasileiros representaram o país no Mundial de Enduro 2020. Atual bicampeão brasileiro da modalidade, Bruno Crivilin, piloto Honda, fez história desde a 1ª etapa, em Réquista, na França ao finalizar na 3ª colocação na categoria J1, para pilotos até 23 anos com motos até 250cc. Na rodada seguinte, em Espoleto, na Itália, o capixaba repetiu o feito, além de ganhar uma especial (trecho cronometrado) na geral da classe Júnior. Já na 3ª etapa, em Marco de Canaveses, Portugal, o capixaba venceu a categoria e subiu no lugar mais alto do pódio. No mesmo local, a grande final foi um verdadeiro teste de superação, com uma prova técnica, apimentada pela chuva. Crivilin, comandado pelo italiano Alex Salvini, campeão mundial de enduro, trouxe para o Brasil a medalha de bronze da competição.
As mulheres foram para a disputa do Mundial Feminino de Enduro, também em Marco de Canaveses, Portugal. Bicampeã latino-americana e brasileira de Enduro, Bárbara Neves, piloto Honda, iniciou a prova com a quinta colocação no primeiro Extreme Test. Na soma dos dois dias de competições, a goiana de 20 anos terminou em 11º lugar.
Há um ano morando em Portugal, Janaina Souza completou o Mundial de Enduro na décima posição. Alguns dias antes, ela faturou o título inédito do Mundial de Rally Baja, na categoria para mulheres, e agora está de olho em uma possível participação no Dakar. Tomara que em 2021 mais brasileiros possam representar o Brasil em provas internacionais. Estamos sempre na torcida!
Carol Yada é jornalista, assessora de imprensa, produtora de conteúdo e coordenadora de eventos. Trabalha há 17 anos com competições e eventos motociclísticos e automobilísticos.
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