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Kawasaki ZX-10R

Atualizado: 20 de set. de 2021

A campeã voltou - Com ajustes de sintonia fina e mais eletrônica embarcada, a superbike mais vitoriosa promete retornar ao pódio


Kawasaki ZX-10R com Jonathan Rea
Com o heptacampeão mundial Jonathan Rea, na pista de Jerez de La Frontera, Espanha

A Ninja ZX-10R abre a temporada de lançamentos da linha 2022 da marca para o Brasil e promete manter a liderança no mercado nacional das superesportivas. Com sete títulos no Mundial de SuperBike e imbatível no principal campeonato de motos de fábrica desde 2015 – sob o comando do piloto norte-irlandês Jonathan Rea –, o modelo ganhou inovações advindas diretamente das pistas, sob a batuta do Kawasaki Racing Team.

A Kawasaki Ninja ZX-10R recebeu importantes revisões em seu motor quadricilíndrico de 998 cc, incluindo um radiador de óleo refrigerado a ar. Nas novas carenagens, destaque para os winglets integrados que aumentam a força aerodinâmica para baixo, firmando a frente da moto no chão em retas. As suspensões também evoluíram.

Kawasaki ZX 10R em curva
Estabilidade em alta com os novos ajustes de suspensão e controle de tração

A nova eletrônica oferece recursos de navegação, entre os quais o painel digital com conectividade para smartphones. A superesportiva traz sistema de freios ABS inteligentes da Kawasaki (KIBS) e estará disponível na segunda quinzena de junho em duas cores: a preta terá preço de lançamento de R$ 97.990.00, enquanto a versão Kawasaki Racing Team (KRT) sairá por R$ 99.990.00, valores que já incluem frete para todo o país.

O motor de 998 cm³ com quatro cilindros em linha ganhou mais desempenho e polui menos que seu antecessor. Com revisões no catalisador e no tubo coletor do escapamento, o novo sistema de exaustão se adequou aos padrões do sistema Euro 5 sem perder potência.

O acelerador é eletrônico, e teve o sensor de posição reposicionado para a manopla – o que elimina a necessidade de cabos e reduz manutenções. O sistema de transmissão ganhou coroa traseira maior, o que tornou as mudanças de 1ª, 2ª e 3ª marchas significativamente mais próximas, oferecendo grande aceleração em média/baixa rotação, ideal para arrancadas e saídas de curvas mais rápidas.


Motor da Kawasaki ZX10R 2022
Relação de transmissão final mais curta permite saídas mais acertadas

MUDANÇA NO MOTOR

A principal mudança no motor da Ninja ZX-10R 2022 foi a adoção do radiador de óleo. O sistema, frequentemente visto em modelos de competição, possui circuito independente. O óleo é encaminhado do cárter inferior esquerdo para o radiador, onde é resfriado e, em seguida, devolvido para o lado direito. Isso gera uma refrigeração eficiente que contribui para melhor desempenho em todas as rotações.

A Ninja ZX-10R ganhou atualizações na geometria do chassi (Twin-spar de alumínio), que contribuíram para aumentar sua estabilidade e oferecer maior controle nas mudanças de direção. Dentre as revisões, o pivô do braço oscilante foi reposicionado 1 mm para baixo e a distância entre eixos ganhou 10 mm, passando de 1.440 mm para 1.450 mm. Com essa nova configuração, o equilíbrio dianteiro-traseiro moveu-se ligeiramente para frente (0,2%), proporcionando melhor desempenho nas curvas.

Ficha técnica Kawasaki ZX-10R 2022

As suspensões também trouxeram atualizações. Na dianteira, o garfo invertido de 43 mm, com tecnologia Showa BFF (Balance Free Front Fork) –desenvolvido pela equipe Kawasaki Racing Team–, ganhou área de fixação mais ampla na mesa inferior e os tubos externos foram revisados. Já as configurações da mola foram alteradas para se adequar melhor as características das pistas, reduzindo o spring rate de 21,5 N/mm para 21,0 N/mm. Mudança parecida também ocorreu na traseira, só que o oposto. O spring rate foi elevado de 91 N/mm para 95 N/mm para tornar a mola mais rígida. O restante da configuração seguiu igual ao modelo anterior: back-link horizontal com BFRClite (Balance Free Rear Cushion), com reservatório de gás tipo piggyback, compressão, retorno e pré-carga ajustáveis.

No sistema de freios, a Kawasaki manteve o conjunto Brembo com ABS. O modelo teve poucas mudanças: ganhou revisões nas pastilhas e no reservatório de fluido traseiro, que foi reposicionado para oferecer maior liberdade de movimento aos pilotos durante as mudanças de direção. No mais, seguiu com a configuração de disco duplo semiflutuante de 330 mm e pinça dupla com quatro pistões na dianteira, e, na traseira, disco simples de 220 mm com pinça de furo simples com pino deslizante.

A mudança mais significativa da nova versão da superesportiva da Kawasaki foi em relação ao visual e à aerodinâmica. O para-brisa, disposto num ângulo mais íngreme e 40 mm mais alto; a posição dos punhos (manoplas) avançada em 10 mm para a frente, a parte traseira do assento mais elevada, assim como os pedais, que foram reposicionados 5 mm para cima. Essas revisões contribuíram para melhorar a liberdade do piloto sobre a moto, diminuir o arrasto nas retas e proporcionar uma condução mais agressiva nas pistas.

A estrutura da carenagem também mudou. A entrada do Ram Air –marca registrada da Ninja– recebeu novo formato e ficou mais compacta sem perder eficiência. A carenagem do farol recebeu winglets embutidos que contribuem para manter a roda dianteira no solo nas saídas de curva e em fortes acelerações. Novas aberturas laterais foram inseridas para melhorar a dissipação do calor do motor. Na parte inferior, o novo formato da carenagem foi projetado para direcionar o ar para o radiador de óleo, aumentando sua eficiência. Já na traseira, ranhuras foram incorporadas para tornar o estilo ainda mais aerodinâmico.

O sistema de iluminação da nova ZX-10R também foi modernizado. Totalmente em LED, a superesportiva ganhou novos faróis, agora mais centralizados e com design de inclinação reversa, posicionados na parte mais interna da caixa. Além disso, a tecnologia de projeção direta da Mitsubishi proporcionou luzes mais brilhantes e faróis mais compactos e leves –pesa apenas 1.200 g contra 1.650 g das unidades halógenas do modelo anterior.

Os espelhos retrovisores receberam novo design com luzes indicadoras de direção em LED. Os piscas passaram a ser conectados por meio de conectores, o que facilita a remoção dos espelhos para pilotagem em circuitos. Os piscas traseiros também receberam luzes de LED.

O sistema eletrônico da ZX-10R recebeu atualizações. Com IMU (Unidade de Medição Inercial) da Bosch, a superesportiva incorporou novos recursos, como modos de pilotagem integrados, controle eletrônico de cruzeiro e painel de instrumentos digital em TFT colorido com conectividade para smartphones.

Por meio de um botão ao lado do punho esquerdo, o piloto pode escolher entre três configurações prédeterminadas (Esportiva, Estrada e Chuva) ou quatro configurações manuais (Rider 1-4). Além disso, o S-KTRC (Sport-Kawasaki Traction Control) recebeu atualizações nos modos 4 e 5, o que tornou a condução mais ‘amigável’ e facilitou a aceleração durante e nas saídas de curva.

Para pilotagens em longas distâncias, a eletrônica trouxe melhorias no Controle Eletrônico de Velocidade de Cruzeiro (cruise control, ou piloto automático). Agora é possível manter a velocidade desejada com um simples toque de um botão, o que reduz o desgaste na mão direita durante longas viagens.

Painel da Kawasaki ZX-10R 2022
Painel de TFT se conecta ao celular por Bluetooth e tem funções de telemetria

O painel de instrumentos digital em TFT (Transistor de Película Fina) colorido de 4,3 polegadas completa o visual da ZX-10R. A tela, com cor de fundo selecionável (preto ou branco), ajusta o brilho automaticamente conforme a luz ambiente. Com janelas multifuncionais roláveis, dois modos de exibição (um para as pistas e outro para pilotagem de rua) e luz indicadora para mudança de marchas estilo corrida, o painel é completo e inclui: velocímetro e conta-giros estilo barra, indicador de posição de marcha, hodômetro, medidores de percurso duplo, consumo de combustível atual e médio, volume de combustível consumido, indicador de combustível baixo, velocidade média, tempo total, temperatura do motor, temperatura do ar de admissão, relógio, voltagem da bateria, lembretes de serviço e de troca de óleo, além de indicadores de chamada e de e-mail.

É possível checar uma ligação graças à conectividade via Bluetooth. O smartphone se conecta à moto e, por meio do aplicativo ‘Rideology’, é possível acessar diversas funções, como, por exemplo, verificar o consumo de combustível, ajustar os modos de pilotagem, ou ainda gravar registros detalhados de condução.


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