Volume mensal é 2,8% menor na comparação com março, que teve três dias úteis a mais, mas produção no primeiro quadrimeste soma 359.621 motocicletas.
A indústria de motocicletas manteve sinais de recuperação e produziu 122.220 unidades em abril. De acordo com levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, o volume é 2,8% menor na comparação com as 125.756 unidades que saíram das linhas de montagem em março, diferença resultante dos três dias úteis a menos no mês de abril em relação ao período anterior.
Em relação a abril do ano passado, quando as fábricas praticamente pararam devido à pandemia do coronavírus, houve alta de 7.179,3% (1.679 unidades).
No quadrimestre, foram fabricadas 359.621 motocicletas, o que corresponde a uma alta de 20,2% na comparação com o mesmo período de 2020 (299.278 unidades). Esse foi o melhor resultado dos quatro primeiros meses desde 2019. Naquele ano, a produção somou 367.986 motocicletas.
Na avaliação do presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, os números comprovam a recuperação do setor. “Depois de um primeiro bimestre bastante difícil, a produção de motocicletas apresenta uma curva de recuperação e estamos bem próximos ao patamar registrado em 2019, o que comprova isso. A perspectiva para os próximos meses é de manter esse ritmo e, com isso, regularizar o abastecimento”, afirma.
Diante desse cenário, Fermanian confirma as projeções da Abraciclo de produzir 1.060.000 motocicletas em 2021, o que representa uma alta de 10,2% na comparação com as 961.986 registradas no ano passado. “Se mantivermos a produção nesse ritmo e tivermos uma aceleração no programa de vacinação para evitar uma nova crise sanitária mais grave, poderemos até fazer uma eventual revisão dos números no segundo semestre”, diz.
VENDAS NO VAREJO
O licenciamento de motocicletas totalizou 94.654 unidades em abril e foi 52% superior ao registrado no mês anterior (62.262 unidades). Fermanian afirma que esse aumento era esperado, devido a recuperação da produção das fabricantes instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM). “Até o mês passado ainda lidávamos com a falta de motocicletas no varejo devido ao impacto que as produções sofreram em janeiro e fevereiro. Agora, com esses novos índices produtivos, nosso objetivo é alcançar, gradativamente, o equilíbrio entre a oferta e a demanda e, com isso, reduzir a fila de espera por motocicletas”, destaca. “A entrega de alguns modelos já foi normalizada; outros, no entanto, ainda não e exigem que o consumidor aguarde um pouco mais. As fabricantes estão atentas para atender aos pedidos”, completa.
Na comparação com abril de 2020, quando o país era fortemente impactado pela pandemia, os emplacamentos aumentaram 235,1% (28.246 motocicletas licenciadas).
A Street foi a categoria mais vendida, com 48.158 unidades e 50,9% de participação no mercado. Em segundo lugar, ficou a Trail (20.535 unidades e 21,7% de participação), seguida pela Motoneta (11.563 unidades e 12,2%).
A média diária de vendas em abril, que teve 20 dias úteis, foi de 4.733 unidades. Este foi o melhor resultado para o mês desde 2015. Naquele ano, foram emplacadas 5.408 motocicletas/dia. Segundo dados da Abraciclo, foi registrada alta de 74,8% na comparação com março (2.707 unidades licenciadas/dia, em 23 dias úteis) e de 251,9% em relação ao mesmo mês de 2020 (1.345 motocicletas emplacadas/dia, em 21 dias úteis).
No acumulado do ano, os emplacamentos no primeiro quadrimestre somaram 300.098 motocicletas, alta de 9,1% na comparação com o mesmo período do ano passado (275.094 unidades). Quase metade das motocicletas emplacadas foi da categoria Street. No total foram 146.836 unidades, o que corresponde a 48,9% de participação no mercado. Em seguida, vieram a Trail (60.625 unidades e 20,2% de participação) e Motoneta (39.600 unidades e 13,2%).
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