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Super Ténéré

The last Ténéré - enquanto a Ténéré 700 (derivada da MT-07) não chega, a Super Ténéré é a única Yamaha a ostentar no Brasil o nome do deserto africano mais temido e mais cobiçado.


Para o bem e para o mal, a Yamaha XTZ 1200 DX Super Ténéré é veterana no mercado brasileiro. Lançada em 2011, recebeu várias remodelações e evoluiu bastante. Hoje, disputa um segmento muito efervescente e dinâmico, com concorrentes de peso. Mesmo assim, não faz feio. Ao contrário, ainda é uma das melhores opções para a longa aventura, confiável, confortável e econômica para a cilindrada e porte.

Seu conjunto equilibrado agrada em qualquer quesito e supera as expectativas. A personalidade própria começa pelo motor inline twin. Ele oferece um bom torque em baixas rotações, economia de combustível e certa simplicidade mecânica. O enorme bicilíndrico japonês tem o virabrequim com tecnologia Crossplane, com defasagem de 270 graus entre as explosões –o que favorece bastante a apresentação de torque em baixas rotações, característica desejada em motos on-off road– e desenvolve agora 112 cv a 7.250 rpm. A primeira impressão ao acelerar a Super Ténéré com rispidez é a de que ela é um pouco lenta nas respostas, pois a curva de torque (máximo de 11,9 kgf.m a 6.000 rpm) é bem plana, e a entrega de energia é mais suave. Mas sobra força e energia para empurrar com vigor os 265 quilos de peso em ordem de marcha. Na longa estrada é econômico, percorrendo algo entre 16 km/l (se acelerado mais a fundo) e 24 km/l, em média. Na “casquinha” pode até mesmo superar essa autonomia. O acelerador eletrônico, que dispensa os cabos, permite respostas imediatas e a adoção de diferentes modos de pilotagem.



O tanque de 23 litros garante um boa pernada, com a média de consumo mantendo-se ao redor de 20 km/l, excelente para um modelo com tal cilindrada e peso. Dois são os modos de pilotagem oferecidos pela tecnologia empregada no gerenciamento do motor da Super Ténéré: o Touring e o Sport, bem como o controle de tração que tem três níveis de interferência. Assim como o ABS, o controle de tração também pode ser desligado para as eventuais incursões fora de estrada, permitindo as necessárias escorregadelas, típicas da pilotagem off road.

O chassi de tubos de aço é bem robusto e rígido e capaz de proporcionar boa maneabilidade nas trilhas e estabilidade no asfalto. A agilidade é supreendente, mesmo de pé nas pedaleiras. Viajando no asfalto, ela é muito confortável.


SUSPENSÃO ELETRÔNICA

O garfo telescópico hidráulico invertido, com tubos de 43 mm, e o braço oscilante mono-amortecido traseiro têm ajustes eletrônicos para ajustar a tocada, seja em pilotagem solo ou com garupa e malas.

O modo Soft é mais macio e adequado ao fora de estrada, enquanto o Standard é bem equilibrado para rodar em estradas bem pavimentadas. O nível Hard endurece as suspensões, deixando-as adequadas para uma tocada mais esportiva no asfalto, melhorando o desempenho desta big trail em curvas. Com esses recursos, é possível otimizar rápida e facilmente a ciclística da motocicleta conforme as condições de carga e piso.

O sistema de freios segue a consagrada receita de disco duplo com pinças de 4 pistões na dianteira, atuando em conjunto com o disco simples da traseira. O ABS foi refinado no acerto e está mais preciso e progressivo. Ele também pode ser desligado para encarar os trechos off road.

As rodas têm aros raiados especiais de alumínio, capazes de montar pneus sem câmara.

A Yamaha XTZ 1200 Super Ténéré tem para-brisa com quatro posições ajustáveis sem ferramentas, que protege bem contra garoa e chuva, desviando o vento por cima.


O painel de LCD monocromático é bem amplo, enorme até, de fácil visualização e mostra todas as configurações selecionadas de suspensão, modos de condução, controle de tração, ABS e as informações do computador de bordo como velocímetro, conta-giros, consumo de combustível médio, marcador de combustível e luzes de advertência. Inclui também uma útil tomada 12 volts.

O piloto automático é uma mão na roda em longas estradas com pouco tráfego, embora seja difícil conseguir usá-lo no Brasil, onde a todo momento você é “fechado”, tem alguém se arrastando na faixa da esquerda, ou outro veículo adentra a estrada perigosamente, só porque se trata de uma motocicleta e não de um caminhão… De qualquer modo, é bem legal. É acionado por um botão no punho esquerdo e, mantendo a velocidade constante, permite obter ótimas marcas de consumo – aliás, na média, ela é uma das mais econômicas big trail de seu segmento, o que lhe confere também a maior autonomia.

O largo guidão diminui o esforço e colabora para o controle da moto. Em conjunto com a excelente posição de pilotagem e o banco largo e macio, dá conforto na estrada.

A Yamaha XTZ 1200 DX Super Ténéré tem tradição, conjunto equilibrado e muita confiabilidade na estrada. O eixo cardã na transmissão final é um ponto alto, exigindo menos manutenção. Custa cerca de R$ 73 mil e entrega muita confiabilidade e desempenho. Tem como rivais a BMW R 1250 GS Sport, a Triumph Tiger 1200 e a Ducati Multistrada 1260. A Super Ténéré encara bem…



1 comentário


Jose Luiz Aguiari
Jose Luiz Aguiari
31 de jul. de 2020

Não entendi por que meu comentário não ficou, mas vou tentar colocar novamente. Sempre tive Ténéré desde as 600, uma moto maravilhosa no seu tempo, a última que tive foi a 250 e qual não foi minha decepção com a Yamaha quando ela descontinuou com a linha Ténéré , vendi a minha e chorei muito, a Yamaha deu um tiro nos pés quando fez isso, perdeu muitos fãs Eu mesmo fui forçado a buscar novas opções CB 500 x e NC 750 x da Honda o valor razoável de compra e muito econômica no consumo e manutenção. A Yamaha agora quer lançar uma Ténéré 1200 com o valor de R$ 70 mil ? Qual a estratégia disso ? Queimar ainda…

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