Competições internacionais seguem com inúmeros protocolos e restrições
Por: Carol Yada
Há um ano seria difícil acreditar que ainda estaríamos sob a pandemia em 2021. O fato é que o coronavírus e suas novas variantes continuam por aí. Com a chegada da vacina, a expectativa é que aos poucos o mundo volte ao normal, inclusive os eventos e competições de moto. Lá fora, a temporada começou com o Dakar, repleta de desafios e restrições. Mais uma vez com sede na Arábia Saudita, o maior rali do planeta passou por uma maratona antes mesmo da largada. Devido aos cancelamentos dos voos comerciais, a organização precisou fretar 18 aviões para levar os participantes para Jeddah, ponto de partida e de chegada da prova. Sem falar nos inúmeros protocolos adotados, entre eles, testes de Covid-19, uso de máscara, isolamento, bolha, kit sanitário etc. Após 12 dias e mais de 7.000 quilômetros percorridos, o argentino Kevin Benavides se tornou o primeiro sul-americano a ser campeão nas motos, além de garantir o segundo título consecutivo para a Honda.
Já o AMA Supercross, nos Estados Unidos, uma das primeiras provas a voltar em 2020 após a paralisação, deu sequência às medidas de saúde tomadas no ano passado para prevenir a disseminação do vírus. A diferença é que agora o público já pode ver de perto Cooper Webb, Ken Roczen, Eli Tomac, Justin Barcia e todos os outros pilotos da competição. É claro que com capacidade bem reduzida e uma estrutura nos estádios chamada “Pod Seating”, espaço reservado a uma família ou um grupo, que fica distante dos demais.
Outro campeonato que também já teve início é a MotoGP, mas com o calendário impactado pela pandemia, com o adiamento das provas da Argentina e dos Estados Unidos. No Catar, local das duas primeiras etapas, para evitar surtos da Covid-19, o país cedeu doses da vacina para imunizar pilotos, mecânicos e integrantes das equipes da competição. As arquibancadas foram abertas no Circuito de Losail para cerca de 2.000 pessoas, número muito pequeno pela capacidade de um evento grandioso como esse. Sem ainda o esperado retorno do oito vezes campeão Marc Márquez, que se recupera de lesão, a temporada começou com vitórias de Maverick Viñales e Fabio Quartararo, da Yamaha.
Enquanto lá fora as competições seguem o cronograma, aqui no Brasil os eventos ainda estão indefinidos pelo agravamento da pandemia no país. Os calendários existem, porém ainda sem a certeza que poderão ser cumpridos. Ver pilotos brasileiros em ação, no momento, só será possível em campeonatos internacionais, como é o caso do Mundial de SuperBike, com os irmãos Ton e Meikon Kawakami, da AD78 Team Brasil, na classe WorldSSP300. Quem também está no foco dos fãs do motociclismo é Eric Granado, que disputa neste ano o Campeonato Espanhol de Superbike, pela Team Honda Laglisse, e a MotoE, pela One Energy Racing. Estamos na torcida!
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