Liderando os médios! O Yamaha XMax mantém a liderança do segmento de scooters de média cilindrada, e a Honda situou seu Forza em patamar acima. Qualidades para liderar não lhe faltam.
Por: Eduardo Viotti
A Yamaha XMax 250 mantém a liderança do segmento de scooters de média cilindrada, apesar da chegada de concorrentes de peso, como o Kymco Downtown 300 e o Citycom HD 300. O Honda Forza 350 posicionou-se em patamar acima de preço e público. Importado, é muito mais caro (veja reportagem nesta edição). O XMax tem design espetacular e ainda muito atual. O desempenho também é bastante equilibrado e permite seu uso tanto na cidade, onde seu espaço para objetos, agilidade e a economia se destacam, como na estrada, onde permite velocidades de cruzeiro elevadas com conforto.
O XMax custa R$ 33.150,00 (pesquisa Fipe de janeiro de 2023).
O espaço sob o banco do XMax é importante: cabem dois capacetes, um fechado e um aberto, e mais uma mochila. É ponto alto do modelo da Yamaha, já que o conceito de scooter envolve a praticidade desse porta-objetos. Esse compartimento é iluminado por LED que se acende ao levantar o banco. Útil à noite.
O tanque de combustível, de 13,2 litros é o maior da classe e, diante de um consumo médio de 30 km/l (variando entre 25 km/l e 35 km/l), permite boa autonomia. O XMax surpreende em viagens, mantendo a média de 120 km/h, nas estradas que permitem essa velocidade, sem esforço.
O XMax usa uma Smart Key, chave por aproximação. Além de facilitar o destravamento dos compartimentos de objetos (há dois no escudo, um sem trava e um trancado), dá mais segurança nas partidas: é só chegar, girar o comando principal no escudo e sair.
MOTOR MACIO
O monocilindro que equipa o Yamaha XMax tem 250 cc de cilindrada e é bem compacto. É de concepção moderna, com 4 válvulas por cilindro, um só comando de válvulas no cabeçote, refrigerado a líquido. Desenvolve a potência máxima de 22,8 cv a 7.000 rpm e atinge o pico de 2,5 kgf.m de torque a 5.500 giros.
O motor do XMax tem pistão forjado em alumínio e cilindro revestido em uma liga de alumínio e silício chamada Diasil. Segundo a fábrica, esse revestimento proporciona menor vibração, dissipação de calor e otimiza o rendimento. O fato é que o motorzinho puxa bem, permite arrancadas fortes de farol, ultrapassagens seguras e vibra muito pouco, permitindo viagens longas sem nenhum cansaço.
O conjunto de instrumentação é um ponto alto. Parece de um carro de luxo, com o desenho temático em X do modelo (o mesmo que define a traseira). São dois instrumentos de ponteiro, o velocímetro e o tacômetro, e um LCD central. Além da leitura ser muito fácil, tem muita informação: combustível, temperatura do motor, odômetros, consumo, autonomia, carga de bateria, velocidade média, temperatura ambiente, relógio, tempo de viagem, indicadores de manutenção etc.
ACABAMENTO DE 1ª
Conforto e acabamento são diferenciados. O guidão e o para-brisas (de uma altura adequada) permitem ajustes, com o uso de ferramentas simples, para ajustar-se à altura do piloto. O porta-luvas de escudo tem tomada 12 volts.
Banco é caso à parte: largo, amplo, confortável para piloto e especialmente bom para o passageiro. O motociclista vai muito bem instalado, inclusive com um apoio atrás, proporcionado pelos assentos em dois níveis, muito bem projetado. Em termos de ergonomia, se há algum porém a ser destacado é a altura do assento e a largura do assoalho, que podem dificultar que pilotos mais baixinhos alcancem firmemente o chão com os pés.
Os faróis e lanternas são em LED, mas os piscas utilizam lâmpadas convencionais. As rodas douradas de liga leve calçam pneus largos, 120 na frente e 140 atrás, ambos com perfil 70, que contribuem para o visual encorpado.
CONTROLE DE TRAÇÃO
Outro aspecto importante do modelo é o controle de tração. O sistema atua em conjunto com os freios ABS de dois canais para evitar derrapagens da roda traseira em pisos escorregadios, molhados, por exemplo, ou em acelerações mais ríspidas, especialmente nas saídas de curva. A transmissão é do tipo CVT, com polias de diâmetro continuamente variável. Aproveita bem o rendimento do motor.
O chassi underbone tubular de aço monta garfo dianteiro com 11 cm de curso e dois amortecedores verticais na traseira, com 9,2 cm de curso, que permitem a regulagem de pré-carga para uso com garupa e mais peso. Os pneus são de aro 15 na frente e 14 atrás e superam bem a buraqueira.
O XMax é oferecido em três opções de cores: vermelho, como na versão avaliada, verde fosco e azul fosco. A pintura fosca é bem diferenciada e atraente. A Yamaha oferece 4 anos de garantia para esse modelo.
Vida a Dois
VISUAL 9
Aerodinâmico, moderno, com linhas e ângulos bem definidos. Design premiado, com o tema X.
TOCADA 9
É bem forte e responsivo, com boa estabilidade e agilidade. Tamanho legal para viajar.
SEGURANÇA 9
Freios firmes e de projeto moderno, ABS, controle de tração
MERCADO 9
Mantém a liderança do segmento e impulsionou os scooters da marca dos diapasões
CONCORRENTES 9
A Dafra tem o Citycom HD 300, mais potente, e a Honda trouxe o Forza 350 importado, com preço bem acima.
Papo reto
MOTOR 9
Monocilindro a água, 250 cc, tem bom torque e gira. Macio e econômico, com bom desempenho
CHASSI 9
Tubular de aço underbone, firme e estável
CÂMBIO 9
CVT com embreagem seca por sapata centrífuga, aproveita com eficiência a potência e o torque do motor
SUSPENSÃO 9
Ponto alto, com mais curso que os rivais e boa capacidade de absorver choques
FREIOS 9
Discos atrás e na frente, ABS de 2 canais, frenagens seguras
O juízo final
Cool: Desempenho e dirigibilidade, espaço sob o banco, ABS de 2 canais e controle de tração. E tem acabamento impecável
Oops!: O banco, confortável, é alto e largo (para proporcionar mais espaço embaixo) e pode atrapalhar os mais baixinhos
XMAX
R$ 33.150,00 (fipe)
DIMENSÕES
Comprimento (cm): 218,5
Alt./larg. (cm): 146,5/77,5
Entre-eixos (cm): 154
Peso (seco, kg): 179
Alt. do assento (cm): 79,5
Tanque (l): 13,2
MOTOR
1 cilindro/250 cc/OHC/4 válvulas/refrigeração a líquido
Alimentação: injeção eletrônica
Ignição: eletrônica digital
Partida: elétrica
Diâm/curso (mm): 70/64,9
Taxa de compressão: 10,5:1
Potência (cv/rpm): 22,8/7.000
Torque (kgf.m/rpm): 2,5/5.500
CÂMBIO
Automático tipo CVT: correia e polias de diâmetro variável. Transmissão final por engrenagens
CHASSI
Quadro: tubular de aço underbone
SUSPENSÃO
Dianteira: garfo telescópico hidráulico com 110 mm de curso
Traseira: balança que incorpora o motor. Dois amortecedores com molas de passo duplo e regulagem de pré-carga da mola. Curso de 79 mm
FREIOS
Dianteiro: disco de 267 mm com pinça de pistão duplo, ABS
Traseiro: disco de 245 mm com pinça de pistão simples, ABS
PNEUS
Dianteiro: 120/70 - 15
Traseiro: 140/70 - 14