Chinesas trazem eletrônica embarcada e projeto muito moderno
Motos chinesas à venda no Brasil não são lá uma grande novidade. Com foco no Nordeste do país, muitas montadoras menores, como Bull, Souza, Shineray, Avelloz, entre outras, praticamente desconhecidas no Sudeste, montam motocicletas chinesas no Brasil. Mesmo montadoras mais consagradas, como a JTZ, representante da japonesa Suzuki no país, também o fazem, neste caso com a Haojue, por exemplo.
Motociclistas mais experientes consideram haver duas classes de motos chinesas: as oriundas de Taiwan e as do país continental. É consenso no mercado que os produtos de Taiwan, expostos a mais tempo à concorrência internacional, têm um padrão de acabamento e qualidade construtiva superior.
Até agora. A JTZ, do empresário João Toledo, ex-piloto de motocross, começou este mês (março de 2023) a montar em Manaus as motos da marca Zontes, até então praticamente desconhecida no Brasil. A Zontes é uma das marcas produzidas pelo Tayo Motorcycle Technology, empresa relativamente jovem em se tratando de setor motociclístico, repleto de companhias centenárias: foi fundada em 2003 em Guangdong, fruto de um investimento de 2,6 bilhões de ienes, cerca de 1,97 bilhão de reais ao câmbio de final de março. A empresa se vale de sua modernidade e busca se caracterizar pela inovação, desenvolvimento e adoção de novas tecnologias, tanto na produção quanto nos produtos finais. Em 2021 a Zontes teve um crescimento de 332% em relação ao ano anterior, chegando a mercados europeus como Itália, Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Portugal, Bélgica e Áustria.
Moto Premium esteve no evento de apresentação da marca, na sede da JTZ em Jundiaí, SP. De fato as três motocicletas apresentadas desfilam uma incrível parafernália eletrônica, apenas presente em modelos de maior cilindrada e preço. Itens como alerta de pressão dos pneus, painel TFT colorido com diversas possibilidades de visualização, dois modos de pilotagem (econômico e esportivo), chave por aproximação, bateria de íons de lítio e punhos retro-iluminados são inéditos na categoria de motocicletas pequenas/médias, que as motos apresentadas vêm disputar.
São três versões de caráter bem diferente, elaboradas a partir de uma base mecânica em comum, o motor de 312 cc de cilindrada, 35,3 cv a 8.600 rpm e torque de 3,06 kgf.m a 7.500 giros. O câmbio é de seis marchas.
O design das Zontes é bem moderno, quase vanguardista, com clara inspiração nas Ducati italianas. A R310 é uma naked de uso predominantemente urbano, com linhas retas e cantos vivos nas suas carenagens, para-lamas e spoiler inferior. Tem preço sugerido pela montadora de R$ 26.990,00 reais, mais o frete, que varia de Estado para Estado e, como não é fixo, acaba atuando como uma margem de manobra dos concessionários. Para o consumidor, deve chegar ao redor de R$ 29 mil.
A V310 adota uma proposta mais cruiser, ou custom, e lembra visualmente a Ducati Diavel, de maior cilindrada. Tem preço sugerido de R$ 27.990,00 mais frete. A T310, que tem exatamente o mesmo preço inicial, tem uma pegada aventureira, com bico dianteiro inspirado nas Ducati Multistrada e muitas proteções tubulares laterais. Essa versão tem o para-brisa elétrico, outro item que só se vê em motos de faixa superior.
A verdade é que as motos surpreendem, trazendo muita tecnologia embarcada. Além dos itens já citados, elas trazem abertura do assento e do tanque elétricas, bem como a trava de segurança do guidão; freios ABS nas duas rodas, suspensões dianteiras invertidas e suspensão traseira com amortecedor a gás, motores com refrigeração líquida, tomadas USB para carregamento de até dois celulares… Ufa, a lista é grande e é o maior apelo das novas motocicletas, que devem conquistar muitos consumidores, aqueles dispostos a arriscar em uma marca nova para usufruir de maior conforto e nível de equipamento superior.
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